18 janeiro 2016

Já o disse antes e volto a dizer...

Ser mãe é óptimo, fantástico, incomparável, mas as coisas não são só cor de rosa como muitas mães "pintam"...


Eu amo as minhas filhas, mas isso não invalida o facto de haverem momentos / dias menos fáceis, dias em que apetece atirar tudo ao ar e fugir! E tanto digo isto em conversas com familiares, amigas ou colegas como digo também aqui - nunca foi minha intenção fazer deste blog um espaço em que só se dizem maravilhas sobre a maternidade (dizem-se muitas, que são verdadeiras, mas isto de ser mãe não se baseia só em maravilhas) e sinceramente custa-me a acreditar que os dias sejam assim tão zen mesmo para aquelas que falam da vida e dos filhos como se tudo fosse um mar de rosas. Crianças calmas e serenas, fotos amorosas (que mais parecem produções fotográficas para revistas) dos pequenos e das mães, tudo lindo e cheio de glamour... Ok, tudo bem, gosto de ver e de ter momentos desses mas tenho dos outros também, dos menos calmos, por isso digam lá, agora a sério: nunca "estala o verniz", nunca se passam da cabeça? O mindfulness (ou o que quer que vos ajude na "tarefa" de serem mães) convosco funciona assim tão bem que os vossos filhos não vos tiram do sério uma ou outra vez? É que eu tento, mas não consigo manter-me sempre serena... E como eu gostaria de manter e transmitir essa mesma tranquilidade às minhas filhas!

E agora, o porquê deste meu desabafo a pedir um "calma, não há mães perfeitas"...

Já tinha contado que o final e o início do ano não tinham corrido de forma tão pacífica quanto desejada, mas o "pós constipação" foi igualmente desgastante... Com a alteração de algumas rotinas, horários diferentes por termos estado uns dias em casa e algumas exceções abertas com a desculpa de estarem doentes (por exemplo, irem dormir na cama dos pais...), o resultado foi um ambiente propício a muitas birras, muito cansaço e muitas horas sem dormir ao longo dos primeiros dias do ano! Termos estado também nós, os pais, constipados contribuiu para baixar os níveis de energia e paciência, além de que dormir pouquíssimo de noite e ir trabalhar no dia seguinte não ajudou nada... Por tudo e por nada, uma choradeira (ou melhor, duas!), gritinhos, espernear como se não houvesse amanhã, o saco da paciência com um limite muito reduzido e... Puff!! Lá me saltava a mola, ralhava com elas, gritava com elas e depois vinha aquele enorme sentimento de culpa de "não sou boa mãe, porque gritei? porque não me consegui controlar?". Tento ser paciente, tento compreender, no fundo, tento pôr em prática tudo o que me parece ser o correto para com elas, mas naqueles momentos de stress sinto que sou outra pessoa, esqueço-me de tudo o que leio sobre psicologia e comportamentos infantis e, basicamente, passo-me... Como queria que não fosse assim, como queria conseguir manter sempre uma postura calma! Tento mas não dá, principalmente quando durmo ainda menos do que o habitual e quando a cabeça se está a lembrar de coisas que não interessam naquele momento. Ao fim de algumas noites a levantar-nos tantas vezes que mais parecia que tínhamos novamente recém-nascidos em casa, decidimos ser um pouco mauzinhos e não as deixarmos dormir a sesta... Sim, elas têm quase três anos mas ainda estão habituadas a dormir a sesta e esse hábito mantinha-se porque 1º faz-lhes bem, 2º evitam-se birras e maus humores ao fim da tarde, 3º aquele tempo enquanto elas dormem dá jeito (temos que admitir!) e 4º até agora as noites ainda não tinham atingido este nível tão sofrível! Ora, estava eu a dizer que não as deixámos dormir uma tarde (apagaram-se antes do jantar, estavam de rastos) e à noite dormiram muito bem, foi uma noite santa!

A partir daí, acabou a hora da sesta, quando muito deixamos que se encostem um pouco no sofá e fechem os olhos por um bocado, mas só isso, para que possamos os quatro descansar durante a noite. Mais dia menos dia teriam que deixar de dormir a sesta, quando entrarem no jardim de infância não dormem e assim vão-se acostumando... Entretanto, a sanidade mental dos pais agradece!

E aí desse lado, quando deixaram os vossos bebés de dormir a sesta?


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