30 setembro 2014

Dicas para futuras mamãs de gémeos


 

Hoje partilho convosco dicas para facilitar a vida às futuras mamãs de gémeos e respetivas famílias. Na verdade, algumas também podem ser úteis para mães de bebés "únicos", mas por esta ser a experiência que vivo diariamente, é em especial aos casos de gémeos que me dirijo. São coisas das quais me fui lembrando e fui seguindo para tentar gerir melhor o tempo que temos, desanuviar e, principalmente, tentar poupar em algumas despesas.

Devem haver muitas mais ideias interessantes e que serão bem úteis, estas são apenas as que me ocorreram e que tenho posto em prática ao longo dos últimos tempos. Se aí desse lado houverem mais sugestões, partilhem-nas por mail para que eu possa acrescentar a esta pequena lista ou comentem mesmo aqui no post. As futuras mães agradecerão de certeza!

Sim, que eu sei o que é ouvir "Parabéns, vai ter gémeos!" e ficar a pensar "e agora...???", a tentar imaginar como vai ser... Espero que vos ajude!

  • Abrir listas de nascimento: algumas lojas de artigos para bebé e criança disponibilizam este serviço que, à semelhança das listas de casamento, servem para identificar roupinhas, equipamentos e acessórios que vos interessem para que possam ser comprados e oferecidos por familiares e amigos; além disso, do valor total de compras à data do fecho da lista, uma percentagem reverte em crédito que poderá ser usado nos primeiros meses de vida dos bebés (eu gastei esse valor em sapatos quando as minhas filhotas começaram a andar). Mas tenham atenção ao valor mínimo a atingir para alcançar esta meta - se comprarem um carrinho de passeio e cadeirinhas de segurança novos, à partida, alcançam o valor mínimo; com os todos os outros itens que comprarem na loja para os vossos pequenos, já devem ficar com um valor razoável para gastar mais tarde :)

  • Comprar artigos usados: é uma opção para quem não tenha disponibilidade financeira para comprar todo o enxoval novo. Se bem que, agora, já tenho noção de que há coisas que não são usadas tempo suficiente para compensar o investimento... é claro que todas queremos o melhor para os nossos filhos, mas nem sempre o "caro" tem de ser necessariamente o "melhor". Neste ponto há de certeza opiniões muito contraditórias, mas no meu caso dei por mim a escolher não comprar este ou aquele artigo que achava tão giro porque pensava "será mesmo necessário? são duas bebés, tenho tantas outras coisas para comprar e que não posso pôr de parte..." e na maioria das vezes, percebi depois que fiz bem não comprar, não eram bens essenciais... Claro que naquela altura ficamos com pena, mas há que fazer uma escolha consciente e, no fim de contas, chego à conclusão que se tivesse tido só um filho teria gasto muito mais dinheiro em coisas que não eram assim tão importantes!

  • Ainda em relação ao tópico anterior, sugiro que visitem uma loja Kid to Kid (no site deles podem ver a localização da loja mais perto de vocês), onde podem encontrar artigos usados, em boas condições e com preços acessíveis. Além desta loja, poderão ver aqueles sites de artigos usados, que são conhecidos por toda a gente e por isso não preciso indicar nomes...

  • Pedir coisas emprestadas: há sempre um familiar ou amigo que pode emprestar uma ou outra coisa, daquelas que se usam por relativamente pouco tempo e que ficam praticamente novas arrumadas num sótão ou arrecadação. O que vos emprestarem será uma boa ajuda para tudo o resto que tiverem mesmo de comprar e para alguns miminhos que poderiam ter de ficar de parte se tivessem de comprar tudo!

  • Criar registos em sites: registem-se em sites de marcas de fraldas, papas, produtos de higiene, etc. para aproveitarem todas as vantagens que as marcas possam oferecer (cupões de desconto, amostras de produtos, ofertas, campanhas e promoções, passatempos...). Encontrarão também alguns fóruns relacionados com a gravidez / maternidade em geral e outros tópicos em particular (infertilidade por exemplo) em que poderão falar com outras mães, ler as experiências delas e tirar dúvidas.

  • Organizar um Chá de Bebé: aconselho vivamente a organizarem uma festinha destas! É um conceito ainda pouco usual por cá, mas acreditem que vale a pena. Deve ser feita mais perto do final da gravidez, mas sugiro que não deixem para muito tarde porque, quando se fala de gémeos, nunca se sabe quando será o final... Ah! E claro, peçam ajuda a alguém para tratar da festa. No meu caso, o Chá de Bebé foi num domingo e passados catorze dias nasceram as minhas meninas, que deveriam nascer só um mês depois... Já estava em casa há um mês e aquela tarde, diferente e muito divertida, na companhia de pessoas amigas, fez-me muito bem! Pensem que, após a chegada dos vossos filhotes, durante algum tempo não terão muitas hipóteses para passar um bom bocado com amigos, a conversar, sem pensarem que está na hora do leite, da muda das fraldas e por aí fora, por isso aproveitem. Esta também é uma boa oportunidade para fazerem uma lista de itens que ainda faltem no enxoval dos bebés para vos serem oferecidos na festa. Eu optei por pedir produtos de higiene para as bebés e, a título de exemplo, no primeiro mês de vida delas não tive de comprar fraldas para a B (a H usava fraldas para prematuros, só vendidas em farmácias).

  • Apontar as horas a que os bebés comem: pode parecer estranho, mas acreditem que com as horas mal dormidas, o cansaço acumulado e dois bebés para amamentar todos os auxiliares de memória serão uma preciosa ajuda! Na primeira noite que a H passou comigo e com a B no hospital depois de sair da Unidade de Neonatologia, eu lembrei-me que talvez fosse melhor apontar tudo, mas mesmo tudo (horas, de que lado tinham mamado, se tinham xixi e cocó nas fraldas, etc.). Pensei nas perguntas que as enfermeiras me faziam todas as vezes que iam aos quartos ver as mães e os bebés e fiz um quadro com os nomes das princesas e campos a preencher com as informações, tudo isto num lenço de papel... Sim, podem rir, mas na altura era o que tinha à mão... Sempre que amamentava as meninas, apontava tudo e na manhã seguinte, quando a pediatra e a enfermeira vieram ver-nos e falar comigo porque íamos ter alta, já o diário estava muito composto! Quando a pediatra estava a dizer-me que "seria boa ideia fazer um quadro para apontar as horas do leite das bebés", a enfermeira, que estava atrás dela, sorriu e disse "doutora, pode passar essa parte que esta menina é muito organizada e já tem o trabalho orientado!" enquanto pegava no lenço de papel para lhe mostrar... Por isso já sabem, é uma sugestão apoiada por opiniões profissionais!

  • Aceitar e pedir ajuda: isto é muito importante, quer durante a gravidez quer depois, no pós-parto. Por muito bem e felizes que se sintam, lembrem-se que a gravidez gemelar é uma gravidez de risco, pelo que devem ter todo o cuidado e muito repouso. Depois dos vossos bebés nascerem a ajuda continuará a ser preciosa pois será uma fase de adaptação e de muito cansaço, é uma grande mudança. Podemos achar que conseguimos fazer tudo sozinhas, chegar a todo o lado e que temos de ser assim, mas a verdade é que as "super-mulheres" também precisam de ajuda...

18 setembro 2014

Looks das princesas #1

Esta semana, cá pela nossa terra, são dias de festa - Festas e Feira de Verão de Sobral de Monte Agraço.
Além de um programa um pouco pobre este ano, o S. Pedro também não tem ajudado muito à festa e os dias têm sido mais chuvosos do que solarengos... Enfim, de Verão a festa tem tido apenas o nome... Ainda assim, no passado domingo o tempo lá se aguentou durante a tarde e o habitual Cortejo Etnográfico saiu à rua como de costume.

Ora cá estão as minhas meninas a assistir ao cortejo, aqui no início, com muita atenção à música dos tambores e gaitas de foles - não gostassem elas muito de música!


 
Deixo-vos ainda umas fotos dos looks das pimpolhas nestes quatro dias que tirei para ficar com elas em casa e ir à festa. A prova de que entre presentes de aniversário, listas de nascimento, saldos e promoções conseguem-se uns conjuntinhos bem giros e amorosos, sem "derreter" totalmente a carteira! Sim, que vestir meninas é uma perdição, mas quando são gémeas temos de fazer bem as contas porque quase todas as despesas são a  dobrar...!


Vestidos: Zara Kids (oferecidos pelos amigos Gonçalo, São e Pedro)
Sapatos: Prénatal
Gancho: Zippy | Fita com laço (oferecida pela tia Mafalda)


Vestidos: Prénatal
Chapéus (na 1ª foto): Zippy


Vestidos: Zippy
Sapatos: Prénatal
Bandolete: Zippy | Fita com laço (oferecida pela tia Mafalda)


Vestidos: C&A (oferecidos pelos avós, Lina e Zé)
Ganchos: Jumbo


As minhas filhotas são duas autênticas princesas e eu, uma mamã babada! :) :)

16 setembro 2014

Mães de gémeos - estudo sobre saúde e longevidade

Hoje transcrevo um artigo que partilharam na minha página do Facebook há algum tempo.
É acerca de um estudo que foi feito sobre mães de gémeos e a maravilha da genética! ;) Uma das conclusões tiradas deste estudo, é que ser mãe de gémeos não traz mais saúde, mas quem tem gémeos é mais forte e saudável.

Mas antes do artigo que encontrei, que ainda é algo extenso, deixo-vos umas fotos muito queridas de bebés gémeos que fui encontrando na net. É impossível não sorrir ao ver estas fofuras...


 

 

                


Agora sim, caso alguém tenha ficado reticente com o meu penúltimo post, passo-vos o artigo com o qual espero transmitir bons pensamentos, energia positiva, sei lá, orgulho da vossa condição e até uma ponta de vaidade (?!); afinal isto de ser mãe de gémeos não é para todas! Leiam abaixo e digam lá se não tenho razão?



Mulheres que dão à luz gêmeos vivem mais se comparadas a outras mães

Ter gêmeos não é mais saudável para as mães, mas mulheres mais fortes são mais propensas a terem gêmeos


Comparadas às outras mães, as mulheres que dão à luz a gêmeos vivem mais, têm mais filhos do que o esperado, tem bebês com intervalos mais curtos durante um tempo mais longo e são mais velhas quando têm seu último filho, segundo um estudo da University of Utah, nos Estados Unidos.
A descoberta não implica que ter gêmeos é saudável para as mulheres, mas sim que as mulheres saudáveis têm uma chance maior de ter gêmeos, diz o demógrafo Ken. R. Smith, autor sênior do estudo e professor de estudos da família e do consumidor.
"Ter gêmeos não vai te fazer mais forte ou mais saudável, mas mulheres mais fortes e mais saudáveis são mais propensas a ter gêmeos naturalmente", diz Shannen Robson, o primeiro autor do estudo e recente Ph.D. em antropologia pela University of Utah.
Smith acrescenta: "A opinião predominante é que o peso da gravidez é maior quando se espera por gêmeos. Mas, nós encontramos o oposto: as mulheres que, naturalmente, têm gêmeos, de fato vivem mais e são realmente mais férteis".
O estudo, financiado pelo National Institute on Aging, foi programado para a publicação online quarta-feira, 11 de maio na revista Proceedings of the Royal Society B.
A pesquisa foi baseada em dados de 58.786 mulheres não praticantes de poligamia. Mulheres nascidas em Utah entre 1807 e 1899, viveram até os 50 anos de idade e casaram-se uma vez, depois de 1850, com maridos que estavam vivos quando suas esposas tinham 50 anos. Destas, 4.603 eram mães de gêmeos e 54.183 deram à luz apenas para um bebê de cada vez.
Os registros vieram do banco de dados da população de Utah, que está entre as genealogias informatizadas mais abrangentes o mundo e inclui registros vitais de imigrantes predominantemente mórmons e de seus descendentes, já nascidos em Utah. A base de dados inclui informações sobre 6,4 milhões de pessoas a partir do início de 1800 até o presente.
A amostra de 4.603 mães de gêmeos é "o maior conjunto de dados históricos de fertilidade natural sobre mães de gêmeos já publicado, pelo menos 18 vezes maior do que qualquer amostra histórica previamente analisada", diz Robson.
As implicações de ter gêmeos como um indicador de saúde
"As pessoas estão sempre interessadas no que afeta o tempo que vamos viver", diz Smith, que dirige a University of Utah's Pedigree and Population Resource, que mantém e gerencia o banco de dados da população de Utah. "É complicado. Existem muitos fatores que contribuem para a saúde, a longevidade e o envelhecimento".
"Este estudo tem sido capaz de identificar - e é um resultado bastante novo - outro fator importante que contribui para a saúde e a longevidade nos próximos anos: que mulheres que dão à luz a gêmeos parecem ser mais saudáveis", diz Smith. "A saúde inata contribui para a sua capacidade de ter gêmeos e contribui também para a sua longevidade".
No entanto, ele enfatiza que o estudo examinou mulheres que viveram até após a menopausa, não aquelas que morreram mais cedo, talvez na hora do parto. "Nós sabemos que as mulheres que têm gêmeos, trigêmeos e assim por diante têm complicações médicas e que sua saúde às vezes fica comprometida", diz Smith. "Mas nós estamos falando sobre a visão de longo prazo".
"As mulheres que têm filhos são fundamentalmente jovens e saudáveis", acrescenta. "Então, o risco de morrer no parto é muito baixo. As mulheres que têm gêmeos têm um risco um pouco elevado de mortalidade ao longo desses anos [férteis], mas a grande maioria dessas mulheres atinge a idade de 50 anos, e somos capazes de observar que elas têm vidas mais saudáveis".
Ter gêmeos pode ser algo próprio de determinadas famílias, mas, estudos anteriores mostraram que os fatores ambientais são mais importantes - Fatores como a mãe ser mais saudável ou dar à luz com mais idade, são mais propensos a produzir gêmeos.
Smith diz que hoje em dia muitas pessoas "fazem coisas para ter vidas mais saudáveis e longas. Mas há um certo aspecto sobre quanto tempo você vai viver e quão saudável você vai ser que é inato -Basicamente, afetado por sua composição biológica". As mães de gêmeos do estudo "não optaram por ter esta capacidade. Elas só o fizeram".
O estudo foi projetado para observar os efeitos do nascimento natural de gêmeos, assim a população do estudo viveu antes que o controle de natalidade e os tratamentos para a infertilidade estivessem disponíveis.
"Nós estamos dizendo que as mulheres que têm gêmeos naturalmente têm algo que as torna mais saudáveis", diz Smith. "Somos capazes de ver isto nestas mulheres ancestrais, porque tinham muitos filhos e não tinham tratamentos de fertilidade. Eles deixaram um legado através de seus descendentes que podem, todos, compartilhar desta característica desejável de ser saudável".
Para as mulheres de hoje "que têm acesso a tratamentos de infertilidade e que têm gêmeos - o que não é incomum - nós simplesmente não sabemos como isso vai afetar a saúde delas", ele acrescenta. "Não estamos incentivando as mulheres a procurar ativamente ter gêmeos para que possam viver mais tempo. Esta não é uma conclusão que podemos tirar".
As descobertas
O estudo também diferenciou as mulheres que nasceram entre 1870 e 1899 daquelas nascidas antes de 1870, quando o início da urbanização moderna em Utah aliviou as pressões para que as esposas que moravam em fazendas começassem a ter filhos em uma idade jovem para ajudar com as tarefas. As mães de gêmeos eram mais saudáveis do que mães de apenas um filho em ambos os grupos.
Os pesquisadores não estudaram trigêmeos ou outros nascimentos múltiplos, porque havia muito pouco para analisar, mesmo em uma amostra tão grande população. O estudo não fez distinção entre gêmeos fraternos e gêmeos idênticos, porque o banco de dados também não o fez. Os gêmeos idênticos são raros.
Os pesquisadores também ajustaram os dados para o controle estatístico de vários fatores, incluindo o fato de que a chance de se ter gêmeos aumenta com a maior idade materna e com a filiação religiosa, uma vez que os mórmons em Utah, historicamente, têm mais filhos do que os não-mórmons.
Pesquisadores descobriram que em comparação com as mães que deram à luz um filho por vez:
As mães de gêmeos viveram mais tempo após a menopausa. Para as nascidas antes de 1870, o risco anual de morte após 50 anos de idade era 7,6% menor, uma porcentagem estatisticamente significativa. Para as mães de gêmeos nascidas entre 1870 e 1899, o risco anual de morte após 50 anos de idade era 3,3% menor do que para as mães que não tiveram gêmeos, o que não é estatisticamente significativo.
A robustez inata de uma mulher - o fator que torna mais provável ter gêmeos - foi mais importante antes de 1870, durante a época dos desbravadores. "Quando se é uma mulher mais dura, esta dureza é mais aparente quando você é testada pela adversidade", diz Smith.
As mulheres que deram à luz a gêmeos tiveram mais filhos do que o esperado devido ao simples nascimento de gêmeos. As mães no grupo pré-1870 tinham, em média, 8,39 filhos enquanto as mulheres no grupo 1870-1899 tinham uma média de 5,72 filhos. Mães de gêmeos tinham em média de 1,9 a 2,3 mais filhos, respectivamente, do que a média após o controle de vários fatores. "Por ter gêmeos, você está tendo mais um filho, por definição, mas elas ultrapassaram a definição e, portanto, tiveram mais partos simples também", mesmo após o controle para as mães de gêmeos que tiveram mais nascimentos únicos para substituir os gêmeos que morreram, diz Robson.
As mães de gêmeos tinham um intervalo menor entre os nascimentos. Para todas as mães do estudo, o intervalo médio entre partos foi de 2,62 anos para as mulheres nascidas antes de 1870 e de 3,24 anos para as mulheres nascidas entre 1870 e 1899. Para ambos os grupos, as mães de gêmeos tiveram, em média, menos duas semanas entre os nascimentos - um tempo que parece curto, mas que não deixa de ser importante. "O menor intervalo entre os partos é uma indicação da saúde física da mãe", disse Smith.
O período de reprodução - a idade no último nascimento menos a idade no primeiro parto - foi mais longo para mães de gêmeos, mesmo quando controlando pela idade no casamento. Para as mulheres nascidas antes de 1870, as mães de gêmeos tiveram média reprodutiva de 18 anos e quatro meses contra 18 anos para as mães que deram à luz um filho por vez. Para as mulheres nascidas entre 1870 e 1899, as mães de gêmeos tinham média reprodutiva de 14 anos e 11 meses contra 14 anos para as mães que deram à luz um filho por vez. Ambos os resultados foram estatisticamente significativos.
Mães de gêmeos também eram mais velhas no momento de seu último parto. A idade média ao último nascimento era de 39,7 anos para as mulheres nascidas antes de 1870, e 36,2 anos para as mulheres nascidas entre os anos 1870 e 1899. As mães de gêmeos tiveram seus últimos nascimentos 4,8 meses mais tarde e 14 meses mais tarde, respectivamente.

Fonte: Isaude.net

Bom dia!!


11 setembro 2014

"Ah!! São gémeos... É tão giro, gostava tanto de ter gémeos!"




Quem tem filhos gémeos ouve esta frase muitas, muitas vezes... E há de certeza outras mães que partilham da mesma realidade e opinião do que eu: às vezes apetece-me dizer "sim, é muito giro, principalmente na casa dos outros!". Isto porque há dias mais fáceis do que outros (aliás, com gémeos não há dias fáceis, nós é que aprendemos a descomplicar ao máximo e a levar as coisas da forma mais descontraída e simples possível) e porque grande parte das vezes ouvimos isto de pessoas que só têm um filho ou não têm nenhum ainda.

Mas não me interpretem mal. ADORO ser mãe de gémeas! Sinto-me verdadeiramente abençoada. É maravilhoso, muito compensador e enriquecedor, vivem-se situações e experiências únicas e incríveis; mas também se vivem situações caricatas e algumas menos boas.

As minhas meninas estão a completar os 18 meses e agora as coisas já se passam bem melhor! Sinto que agora já conseguimos desfrutar mais delas, mesmo havendo sempre tanto para fazer. O primeiro ano de vida delas foi extremamente cansativo e desgastante para nós, pais, e elas até nem têm sido crianças difíceis. Mas ser "pais de primeira viagem" e logo em dose dupla é dose! O primeiro mês, esse foi duro. Elas nasceram de 35 semanas, o que não é nada mau, e apesar de terem nascido com baixo peso, rapidamente chegaram aos valores ditos normais. Mas por terem nascido com apenas 1.720 Kgs e 2.265 Kgs, a pressão era enorme - nada podia falhar, e principalmente, tínhamos de ser rigorosos com os horários para elas comerem.
Quando oiço algumas histórias de bebés prematuros tenho noção de que o caso das minhas filhas correu muito bem e os pesos delas, mesmo sendo baixos, não eram tão baixos quanto alguns que já tenho ouvido.

Com este meu post não quero alarmar futuras mamãs que estão à espera de gémeos, nem tão pouco dar a ideia errada de que não é bom ter filhos gémeos. Nada disso, muito pelo contrário. Acho apenas que é importante ter noção de que a vida vai mudar por completo e que os primeiros tempos serão exigentes; não pensem que tudo vai ser fácil e cor-de-rosa para não se sentirem dececionadas depois.

Houve momentos em que perguntei a mim própria se seria capaz, se teria o que era preciso para ser mãe, tive dúvidas e receios. Poderá acontecer o mesmo convosco ou não, pois não somos todos iguais, mas se acontecer lembrem-se que isso é normal, é sentir a responsabilidade de termos dois pequenos seres que dependem de nós nos braços. Mas saibam também que passadas as dificuldades e dúvidas dos primeiros tempos, é algo lindo de viver, uma enorme felicidade! Preocupações vamos sempre ter, tenham os nossos filhos a idade que tiverem, por isso aproveitem bem todos os momentos.

Sempre pensei que ser mãe devia ser fantástico, agora sei que é melhor ainda do que imaginava antes! :)  :)


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O tempo não para - Mariza

De vez em quando vou partilhar uma ou outra música que dedico às minhas filhas, músicas que espero que também sejam do vosso agrado e que façam parte da vossa play-list para os vossos filhotes também!

Para começar, publico o vídeo de O tempo não para, de Mariza, uma música de que gosto muito.
Espero que gostem!



08 setembro 2014

Priceless!

Aos 17 meses finalmente surgiu uma coisa, uma única coisa, capaz de manter as bonecas sentadas e quietas durante uns minutos! Sim, que mesmo com a televisão no canal que elas gostam, elas não são meninas para ficarem sossegadamente a ver os desenhos animados...
Então qual é o "remédio miraculoso"? A música A Bela e o Monstro (em português) do filme da Disney!


Assim que elas ouvem a música começar, correm para o sofá para se sentarem e aqueles quatro olhos nem pestanejam; muito quietas, a seguirem todos os movimentos dos bonecos, eis que dois dedinhos esticados indicam a aparição da Bela... "mãe, mãe!" dizem elas várias vezes: para elas, é a mãe que está ali a dançar com o Monstro! Fico contentíssima, é claro, mas logo de seguida o meu marido pergunta "se a mãe é a Bela, então o pai é o Monstro??"...

Não, não és o Monstro, és o nosso Príncipe Encantado, meu e das nossas filhas!

04 setembro 2014

As minhas "colheres". . .

"Quem não tem que fazer, faz colheres", é um ditado antigo e no meu caso é verdade: até há algum tempo atrás aproveitava os meus tempos livres para pintar e fazer outros trabalhos manuais. Agora que os tempos livres são escassos, chamo carinhosamente "colheres" aos meus posts antigos e a todos os trabalhos que aqui apresentei.

É uma forma de separar o antes e o depois do meu blog.

Para quem quiser ver ou rever alguma publicação mais antiga, é à etiqueta d' As minhas "colheres" que devem vir...

Olá!! Ou deverei dizer: está aí alguém. . . ainda?

Pois é, muito tempo se passou desde o meu último post e muito aconteceu na minha vida nos últimos dois anos e meio, daí ter estado desaparecida.

Frequentei um curso de Decoração de Interiores, uma área de trabalho que sempre me fascinou, e para me dedicar a esse curso tive de deixar de parte os meus hobbys (natação, artes decorativas, etc.) por uns tempos.

Ainda no decorrer das aulas, ou melhor, no período de férias, houve um outro acontecimento que contribuiu, este muito mais, para o meu afastamento... foi uma notícia muito bem-vinda: estava grávida! Uma gravidez desejada e planeada, recebida com muita alegria e felicidade, mas a verdadeira surpresa ainda estava para vir...

GÉMEOS! Eu ia ter dois bebés...!!! Não dava para acreditar, aliás, levei 24 horas a assimilar esta notícia.

Mesmo estando grávida de gémeos, gravidez considerada de risco principalmente pela possibilidade do nascimento prematuro dos bebés, continuei e terminei o meu tão desejado curso. E terminei-o mesmo a tempo! Quinze dias antes das minhas princesinhas nascerem, uma vez que nasceram um mês antes do previsto...

Com a gravidez e o curso na reta final, muito havia ainda para fazer: o trabalho final para acabar e a respetiva apresentação para preparar, a mala para a maternidade, a preparação das roupas das bebés,  o quarto que queria ver pronto o quanto antes mas cujo projeto queria fazer como se fosse para um cliente verdadeiro (além de uma ponta de receio relacionado com a superstição que algumas pessoas têm sobre montar berços antes do nascimento dos bebés... preferi não arriscar e ficar na minha ignorância sobre se será verdade ou não!), uma tela que queria pintar para as minhas filhas... Enfim, muitas coisas para alguém que devia passar o tempo a repousar, à espera da hora H.

A pintura da tela ficou a meio até há poucos dias atrás, quando me decidi a terminá-la de uma forma menos artística, e a mala foi feita na noite em que fui para a maternidade, mas fora isso consegui fazer tudo! Ainda deu para reunir algumas familiares e amigas num Chá de Bebé cá em casa, com a preciosa ajuda da minha amiga Cátia, a quem carinhosamente apelidei de "MG" - Madrinha de Gravidez. Que eu saiba, isto não existe, fui eu que inventei para lhe agradecer toda a ajuda e apoio que ela me deu: ela foi das primeiras pessoas a quem liguei (à meia-noite!) a contar que ia ter gémeos; foi ela que me acompanhou nas compras de roupa para grávida (e aqui não sou só eu que agradeço, o meu marido também!!); também foi ela que organizou todas as brincadeiras e surpresas no Chá de Bebé; fora todas as outras coisas, grandes e pequenas, em que ela contribuiu ao longo da minha gravidez e não só.

E eis que, às 35 semanas de gestação, nascem as minhas filhotas, duas lindas bonequinhas muito pequeninas que mudaram tudo para sempre...

Como podem calcular, a partir daí o tempo passou a ser ainda mais curto para tudo o que queria fazer. Se ser mãe de primeira viagem só com um bebé já dá que fazer e pensar, imaginem com dois!

E foi por tudo isto que andei desaparecida e só agora, quando as minhas bebés estão prestes a completar os 18 meses, é que retomo a atividade aqui no blog.

As minhas prioridades mudaram, bem como as rotinas e tudo o resto, e se o tempo antes parecia pouco, agora é quase nenhum... Artes decorativas nem vê-las, por isso não faz sentido manter um blog à espera de novos trabalhos quando não tenho nada para apresentar! Daí ter decidido dar um novo foco a este meu projeto: com uma nova imagem, vou fazer deste um espaço em que partilho curiosidades e notícias sobre gémeos, dúvidas e alegrias que vou tendo no meu dia-a-dia e o que mais me for lembrando.

Para mim é um escape, pois acreditem que entre dedicar-me às minhas filhas / tarefas relacionadas com elas / casa / trabalho não me sobra muito tempo para confraternizar com ninguém... Muitas vezes esqueço-me até de responder a chamadas e sms's, vejam o ponto a que chego! Mas além de ser um escape para mim, quero acreditar que este blog ainda será muito útil para outras mães: riam-se comigo; chorem comigo; partilhem as vossas dúvidas e vejam as minhas; façam sugestões; tirem ideias; acompanhem-me na minha "saga" de ser mãe de  gémeas e aproveitem ao máximo a vossa maternidade, os vossos filhos, pois eles são a nossa razão de viver!